segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A arborização urbana


   O crescimento vertical e horizontal acelerado das cidades modifica de forma impactante o meio ambiente, substitui o ecossistema natural por aterros, edificações, pavimentações e outros, originando problemas hídricos, sonoros e visuais. Sendo assim, deve se tormar medidas que minimizem os impactos causados. Entre essas medidas a arborização urbana é uma boa aposta.
  A arborização de praças, parques públicos e ruas é algo necessário e de extrema importância para a sobrevivência de vários animais e outras espécies vegetais, que usam a cidade como habitat natural ou como rota durante a migração. Em ecologia, cunhou-se o termo floresta urbana, ou seja, o conjunto de árvores e arbustos que compõem a área verde das cidades, em meio ao trânsito, aos postes de luz e às casas. Mais que uma mera fonte de prazer e atividade lúdica, a arborização de ruas e outras áreas comuns das cidades é um gerador de alimento para diversas espécies de animais - mamíferos, aves, insetos - cuja dieta depende dos frutos e do néctar de inúmeras árvores nativas do Brasil, além das inúmeras espécies que foram sendo introduzidas em nosso país por tantos e tantos anos (as chamadas espécies exóticas ou alóctones, em oposição às espécies nativas ou autóctones).
  A arborização urbana é na forma mais simples um conjunto de terras urbanas com cobertura arbórea que uma cidade apresenta; entretanto, este conceito é, normalmente, considerado de forma mais abrangente, aproximando-se do conceito de “área livre”. Admite-se, assim, no contexto da arborização urbana, as áreas, as quais, independentemente do porte da vegetação, apresentam-se predominantemente naturais e não ocupadas, incluindo porções das espécies vegetais, principalmente nas vias urbanas. Os profissionais da área já reconhecem que esses espaços deveriam ser tratados sistematicamente; porém, na prática, isto ocorre apenas em alguns centros urbanos.
  No planejamento da arborização, deve-se levantar a caracterização física de cada rua, para definição dos critérios que condicionam a escolha das espécies mais adequadas a cada região. Três tipos de critérios devem ser considerados no planejamento da arborização urbana. O primeiro leva em conta o aspecto visual-espacial, definindo o tipo de árvore que melhor se adeqüa ao local em termos paisagísticos. O segundo considera as limitações físicas e biológicas que o local impõe ao crescimento das árvores. O terceiro critério, funcional, procura avaliar quais espécies seriam mais adequadas para melhorar o microclima e outras condições ambientais (AMIR E MISGAV, 1990).

   Maringá umas das cidades mais arborizadas do Brasil, no interior do Paraná.

   Goiânia desde de 2007, ganhou o título de cidade mais arborizada do Brasil, e a segunda do mundo ,com 94 metros quadrados de matas por habitante, Goiânia é a cidade com a área urbana mais verde do país.

   A campeã mundial, Edmonton, no Canadá, tem só um pouco mais: 100 metros quadrados por habitante.

  Por se tratar de uma atividade de ordem pública imprescindível ao bem estar da população, nos termos dos arts.30,VIII, 183 e 183 da Constituição Federal e do Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01), cabe ao Poder Público municipal em sua política de desenvolvimento urbano, entre outras atribuições, criar, preservar e proteger as áreas verdes da cidade, mediante leis específica, bem como regulamentar o sistema de arborização.




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